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As Artimanhas do Reino

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Desde que iniciamos nossas atividades, em maio de 2005, temos dedicado boa parte de nosso tempo ao estudo das três principais seitas pseudocristãs em atividade: Testemunhas de Jeová, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mormonismo) e Adventista do Sétimo Dia. Elas representam o que chamamos de “Tripé Norteamericano”, porque sua origem e principal campo de atuação concentra-se nos Estados Unidos; todas as diretrizes e material evangelístico partem exclusivamente de lá. É o caso das Testemunhas de Jeová, cuja sede encontra-se no Brooklyn, Nova Iorque. Na matéria “Visita a uma Gráfica Impressionante”, publicada em 1º de Julho de 2009 na revista A Sentinela, a Organização faz uma breve apresentação de sua gráfica em Wallkill, Nova Iorque, nas seguintes palavras:

“Talvez não seja a primeira vez que vê esta revista. Pode ser que as Testemunhas de Jeová já tenham visitado você em sua casa e oferecido A Sentinela e Despertai! Para ajudá-lo a entender melhor a Bíblia. É possível também que você tenha visto as Testemunhas de Jeová oferecendo publicações bíblicas na rua ou no comércio. De fato, a tiragem mensal desta revista ultrapassa os 35 milhões, o que faz com que, entre as revistas do seu gênero, ela seja a mais amplamente publicada no mundo.

Já se perguntou onde e como todas essas publicações são produzidas? Para responder, vamos visitar uma das muitas gráficas que as Testemunhas de Jeová usam em vários países – a gráfica Wallkill, Nova Iorque, EUA (…).

Naturalmente, a impressão começa com a palavra escrita. O Departamento de Redação em Brooklyn, Nova York, envia o material que será impresso para o Departamento Pré-impressão, em formato eletrônico. Esses arquivos são usados para fazer chapas de impressão. Em Wallkill, todo mês, cerca de 1400 bobinas de papel chegam à gráfica, que usa de 80 a 100 toneladas de papel por dia. As bobinas – algumas com mais de 1.350 quilos – alimentam cinco rotativas offset, onde as chapas de impressão são montadas. O papel é impresso, cortado e dobrado em cadernos de 32 páginas. A revista que você esta lendo é um caderno (…)

Em 2008, essa gráfica produziu bem mais de 28 milhões de livros – mais de 2,6 milhões deles foram bíblias. No mesmo período, foram produzidas 243.317.564 revistas. A gráfica mantém também um estoque de publicações bíblicas como essas em cerca de 380 línguas. Depois que esse material é produzido, o que acontece?

A gráfica recebe pedidos de 12.754 congregações das Testemunhas de Jeová na parte continental dos Estados Unidos, e de 1.369 no Caribe e Havaí. O Departamento de Expedição embala todos os itens pedidos e providencia o transporte para os respectivos endereços. Todo ano, umas 14 mil toneladas de publicações são despachadas para as congregações nos Estados Unidos (…).

Mais de 300 trabalham nos departamentos da gráfica – Pré-impressão, Programação da Produção, Rotativas, Encadernação e Expedição. Os trabalhadores – todos eles voluntários não-assalariados – têm de 19 a 92 anos”. [1]

A gráfica de Wallkill, Nova Iorque, é apenas uma das muitas mantidas pela organização das Testemunhas de Jeová no mundo. Ela é também um exemplo da força econômica e quase “militarizada” das testemunhas, que já totalizam quase oito milhões de adeptos espelhados ao redor do mundo. Na sua teologia, fundem-se elementos que contrariam frontalmente alguns postulados básicos da fé cristã, como a divindade de Cristo, a divindade e personalidade do Espírito Santo, a vida após a morte, a condenação dos ímpios, a existência do espírito como elemento distinto do corpo, a vinda de Cristo etc.

A Sociedade Torre de Vigia

A Sociedade Torre de Vigia é a organização das Testemunhas de Jeová, cujo movimento foi fundado em 1875, por Charles Taze Russell. Há um órgão central, o Corpo Governante – também chamado de “escravo fiel e discreto” -, formado por cerca de dez pessoas, que exercem liderança espiritual sobre as TJ desde sua sede mundial, no bairro do Brooklin, em Nova Iorque (EUA). Há cerca de 100 filiais da Sociedade Torre de Vigia espalhadas pelo mundo. A brasileira fica no município de Cesário Lange (SP), num magnífico conjunto arquitetônico chamado Betel. Ali, numa grande fazenda com infraestrutura que lembra uma cidade, com residências, escritórios, gravadora, editora, gráfica e até museus, vivem e trabalham cerca de 950 pessoas – todas voluntárias -, que dedicam seu tempo às atividades da organização.

Às segundas-feiras, no fim da tarde, o trabalho é interrompido e toda a “família”, como se chamam os membros da Sociedade, reúne-se no Salão do Reino, ou templo, que existe dentro da propriedade, para estudar a Bíblia baseada em sua revista A Sentinela. A rotina é a mesma em todos os Salões do Reino espalhados pelo mundo. Há cânticos, orações e muito estudo das Escrituras, tudo sob a orientação dos anciões.´




Ex - testemunha de Jeová fala sobre o desastre no Haiti e
como o Corpo Governante interpretou a catástrofe (ative a legenda)


História

Charles Taze Russell nasceu em 16 de fevereiro de 1852, na pequena cidade de Allegherry, no Estado da Pensilvânia. Era o segundo filho de Joseph L. e Ann Eliza Russell, presbiterianos, de descendência escocesa-irlandesa. A mãe de Russell faleceu em 25 de janeiro de 1861, quando ele tinha apenas nove anos, mas, desde a tenra idade, Russell foi influenciado pelos seus pais que tinham fortes convicções religiosas.

Perturbado pela doutrina das penas eternas, tornou-se simpatizante da doutrina adventista, que abraçou posteriormente. Ele menciona duas pessoas, George Stetson e Georg Storrs, que contribuíram para suas concepções religiosas. Empenhando-se em contrariar ensinos que considerava “errôneos”, publicou, em 1873, com apenas 21 anos, um opúsculo intitulado “O Objetivo e a maneira da volta do Senhor”. Mais tarde, Russell conheceu a revista Arauto da Aurora, editada por Nelson H. Barbour. Num encontro pessoal, Borbour o convence da presença (em grego “pourasia”) invisível de Cristo, em outubro de 1874. Nessa época, em parceria com Borbour, escreveu o livro “Três Mundos” e a “Colheita deste Mundo”. Essa amizade, porém, durou pouco, pois logo se separaram, após uma acalorada discussão quanto a doutrina da expiação.

No decorrer do tempo, Russell escreveu cinco outros livros da série Aurora do Milênio. Russell dizia que seus escritos eram mais importantes do que a própria Bíblia: “Se os seis volumes de Estudos são praticamente a Bíblia, com prova textual fornecida, podemos, sem qualquer impropriedade chamar os volumes de a Bíblia em forma organizada. Isto é, não são meros comentários bíblicos, mas praticamente a própria Bíblia”. Para a preparação de seus discípulos, escreveu uma obra intitulada Estudos das Escrituras, sobre o qual o próprio Russell dizia que seria melhor que ela fosse lida do que lida a Bíblia sozinha. Contudo, mais tarde, ele mesmo chamou de “imaturos” alguns de seus escritos.

Russell vivia em frequentes choques com a autoridades e tribunais, dos quais nem sempre se saia bem. Censurou as igrejas e a seus líderes como porta-vozes do engano e como instrumentos do Diabo. Ele foi um homem de mau procedimento. Casou-se em 1873 com Maria Frances Ackley, que veio a falecer em agosto de 1938, vitima da doença de Hodgkin. Várias vezes Russell foi levado ao tribunal por ela, em faze dos mais tratos que sofria dele. Não podendo mais suportá-lo, abandonou-o em 1887. Em junho de 1903, a Sra. Russell deu entrada na corte de Apelações Comuns de Pittsburgh, um processo de separação legal. Russell viu-se muitas vezes em apuros com a justiça devido a escândalos financeiros. Ele foi acusado, por exemplo, de vender uma grande quantidade de trigo comum sob o nome de “trigo milagroso” a um preço exorbitante de 60 dólares saco.

Charles Taze Russell proferiu seu último discurso em Los Angeles, em 29 de outubro de 1916. Dois dias depois, no começo da tarde de terça-feira, 31 de outubro, Russell, aos 64 anos, faleceu num trem, em Pampa, Texas. Após os funerais no templo, em Nova Iorque, e no Carnegie Hall, em Pittsburgh, Russell foi enterrado em Allegherry, no terreno da família de Betel, a pedido dele. Uma breve biografia de Russell foi publicada na The Wath Tower de 1º de dezembro de 1916.

Organização

A direção geral vem de sua sede em Nova Iorque. Anualmente, o Corpo Governante envia representantes a 15 ou mais zonas em todo o mundo, para conferenciar com representantes de filiais em cada zona. Em cada filial há uma comissão de três a sete membros, que supervisionam a obra nos países sob sua jurisdição. Muitas das filiais têm gráficas, algumas com rotativas de alta velocidade. O país ou região servida por toda filial ou congênere é dividida em distritos, e os distritos, por sua vez, em circuitos. Cada circuito compõe-se de 20 congregações. Um superintendente de distrito visita os circuitos em seu distrito, em rodízio. Há também um superintendente de circuito, e este visita cada congregação duas vezes ao ano, ajudando as testemunhas a organizar e fazer a pregação no território designada a sua respectiva congregação.

Como funciona a congregação local

A congregação local, com seu Salão do Reino, é o centro de atuação das testemunhas de Jeová. As regiões que cabem a cada congregação são divididas em pequenos territórios divididos em mapas. Estes são designados a testemunhas individuais, que se empenham em visitar e falar com as pessoas de casa em casa. É quase que um lema entre eles não retornar onde outrora encontraram algum tipo de resistência, seja quando são postos a descrédito, ou quando sofrem algum tipo de agressão verbal. Aí a regra a seguir é marcar o número da casa onde não foram bem recebidos, ficando fora de seu roteiro semanal de trabalho. No entanto, o mesmo não acontece quando encontram algum tipo de aceitação. Aí a regra a seguir é investir ao máximo possível para levar o indivíduo a participar de uma de suas reuniões.

A maioria das congregações das testemunhas de Jeová realiza reuniões três vezes por semana. As reuniões são iniciadas e encerradas com orações, que muitas vezes não passam de mais de um minuto. As reuniões são realizadas no Salão do Reino. Este costuma ser um prédio simples, construído por donativos das testemunhas. Cada congregação, composta por cerca de 200 testemunhas de Jeová, conta com anciões designados para cuidar de diversos deveres. Esses são auxiliados por servos ministeriais. O proclamador individual é a pessoa vital na organização das testemunhas de Jeová. Cada testemunha, quer sirva na sua sede mundial, quer nas filiais, quer nas congregações, participa nesta atividade de campo, como agente principal no trabalho de falar pessoalmente a outros sobre o “Reino de Deus”. Cada testemunha tem uma carga horária mensal a cumprir.

· Pioneiro auxiliar – deve dedicar 50 horas mensais, num total de 600 horas ao ano;

· Pioneiro regular – dedica 70 horas mensais, sendo quase 840 horas ao ano;

· Pioneiro de tempo integral – dedica boa parte de seu tempo no trabalho de campo, sendo responsável por 14 estudos domiciliares. A jornada é ainda maior para aqueles que trabalham como voluntários em suas gráficas.

Estatísticas mundiais

As estatísticas recolhidas durante o que as testemunhas de Jeová designam por Relatório Mundial do Ano de Serviço, ou seja, num período de doze meses de setembro a agosto, foram publicadas no Anuário das Testemunhas de Jeová de 2008. Segundo o relatório, as testemunhas de Jeová tiveram um crescimento de 7.133.760 publicadores ao redor do globo, em 236 países ou regiões autônomas. Esse número representa um aumento de 2,1% sobre o total de publicadores indicados no Ano de Serviço de 2007. A mesma fonte informa que 17.790.631 pessoas estiveram presentes na Comemoração da morte de Cristo. Este relatório, com dados atuais e dos anos anteriores, de cada um dos países onde atuam, esta disponível on-line, em inglês, no seu web site.

A Escola do Ministério Teocrático

A Escola do ministério teocrático é a base fundamental de todo o aprendizado nos salões do reino. O objetivo principal é instruir para o trabalho ministerial. Em cada país, o programa de ensino é elaborado pelo escritório da Sociedade Torre de Vigia. O programa depende, naturalmente, das publicações disponíveis na língua ou nas línguas do país. Em cada congregação se designa um superintendente para a direção da escola. A base de toda a orientação do ministério teocrático se baseia no estudo da revista A Sentinela, principal locomotiva da organização. Também é recomendado que cada família se dedique ao estudo diário das publicações do Reino.

Recursos de oratória

Em um certo sentido, a escola do ministério teocrático bem parece com a nossa estimada Homilética. Lá, seu uso é praticamente obrigatório. A maneira como nos dirigimos às pessoas, a gramática, os gestos, e a maneira como impomos nossa voz é, para eles, de fundamental importância no trabalho de convencer às pessoas. São usadas técnicas semelhantes às usadas em sessões de hipnose. Além de umas poucas instruções encontradas no Manual do Ministério Teocrático, o livro “Raciocínio à Base das Escrituras” tem sido o seu principal manual de evangelismo. Há instruções quanto ao uso da voz, sua tonalidade, aplicação, a necessidade de se repetir idéias centrais, os gestos, o não uso de linguagens informais etc. “O instrutor hábil das boas novas pode também transmitir conhecimento à mente dos ouvintes. Em pouco tempo, o estudante ou ouvinte é capaz à repetir e explicar ele mesmo o ensino. Compreende-o e fica-lhe gravado na mente (…) A mente precisa absorver e assimilar informações. Ela é a sede do intelecto, o centro de processamento do conhecimento. Ela reúne informações e, pelo processo do raciocínio e da lógica, chega a certas conclusões”. [2]

Literatura

As testemunhas de Jeová procuram empenhar-se na divulgação mundial das suas crenças através de vários meios e, em especial, através da página impressa. Nas suas convenções anuais, são apresentados à comunidade novos livros, brochuras e outros artigos para divulgação doutrinária. Apesar de estarem presentes na Internet, não possuem quaisquer emissoras de rádios ou TV. No entanto, foram pioneiras no uso do cinema sincronizado com som e fizeram vasto uso de emissoras de rádio. Por volta de 1933, a Sociedade Torre de Vigia mantinha programas em 403 emissoras de rádio para transmitir conferências bíblicas. Mais tarde, o uso do rádio foi em geral substituído pela atividade incrementada de visitas de casa em casa por parte das testemunhas de Jeová, que usavam fonógrafos portáteis e discos com discursos bíblicos gravados. Iniciava-se estudos domiciliares onde havia interesse.

Hoje possuem um dos maiores parques gráficos do mundo, com capacidade para imprimir centenas de milhões de exemplares de publicações a cada ano, sendo que algumas de suas edições estão entre as mais distribuídas mundialmente. Apenas nos últimos 30 anos do século passado, imprimiram-se mais de vinte bilhões de livros, folhetos, brochuras e revistas. Os títulos publicados sã traduzidos individualmente em dezenas ou mesmo centenas de idiomas e apresentados em versões diferentes, tal como edições com caracteres de grandes dimensões ou em braile para os que possuem deficiências visuais, DVD’s com língua de sinais, gravações áudio cassete e MP3.

Eles também possuem intensa atividade na área de revistas. A Sentinela, sendo a principal revista para estudo bíblico aos membros da fé, tem uma média de 37 milhões de exemplares impressos quinzenalmente, dando-lhe a maior circulação de qualquer revista religiosa do mundo. É publicada em 174 línguas. Todas as suas edições são traduzidas e impressas para a liberação simultânea. Publicada em 82 línguas, a revista Despertai é de interesse geral como uma revista de noticias, com um cunho religioso e tem uma média de 36 milhões de revistas impressas mensalmente. Como a Sentinela, também é traduzida e publicada para a liberação simultânea.

Além das revistas Sentinela e Despertai, são usadas outras literaturas no trabalho de campo. Essas literaturas devem se adequar ao tempo e local em que são utilizadas. Cada literatura é produzida com a finalidade de alcançar um tipo especifico da sociedade.

“De vez em quando, o escravo fiel providência instrumentos destinados a um público específico ou limitado. Por exemplo, que dizer de pessoas que talvez precisem de ajuda especial por causa da sua formação cultural ou religiosa? Como podemos ajudá-la a aprender os requisitos de Deus ?” [3]

De 1946 a 1968 usou-se o livro Seja Deus Verdadeiro como um instrumento na educação interna da organização, e publicaram-se mais de 19 milhões de exemplares em 54 línguas. Lançado em 1968, o livro A Verdade que Conduz à Vida Eterna, por muitos anos, foi usado como principal manual de instrução religiosa. Em 1982 (em português, em 1983), o livro Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra tornou-se o principal livro para dirigir estudos bíblicos. Atualmente o material mais usado é uma brochura, uma revista intitulada “O Que Deus requer de nós?”. Ela foi lançada pela Sociedade Torre de Vigia nos congressos de distrito “Mensageiros da Paz Divina”, de 1996/97. Esta brochura, toda colorida, de 32 páginas, foi elaborada como ajuda para o estudo de suas doutrinas. A fraseologia é simples e concisa. Desde então, boa parte dos estudos domiciliares tem sido baseados nesta brochura.

As testemunhas de Jeová usam extensivamente o programa de estudo bíblico domiciliar baseado em um livro intitulado O Que a Bíblia Realmente Ensina? Ao longo de 193 páginas, o livro aborda as doutrinas defendidas pelas testemunhas de Jeová. Mais de 99 milhões de exemplares foram produzidos em 189 línguas desde que o livro foi lançado em 2003.

Além disso, a Sociedade Torre de Vigia tem produzido enciclopédias como o Estudo Perspicaz das Escrituras. Lançam ainda documentários e filmes sobre diversos temas, discos com temas apenas musicais ou cantados, CD – ROM’s com a Bíblia e o conteúdo eletrônico da maioria das suas publicações dos últimos 35 anos. Até setembro de 2008, o número total de publicações das testemunhas de Jeová que são editadas alcança a faixa de 475 idiomas.

O trabalho na Internet

As testemunhas de Jeová mantêm a página http://www.watchower.or/ como principal web site oficial. A partir de janeiro de 2009, este inclui informação “educativa” publicada em 376 línguas, como o português, inglês, chinês, francês, bengali e Twi, bem como vídeos em língua de sinais americana, língua brasileira de sinais, colombiana etc. O site disponibiliza ainda os endereços postais de 115 filiais em todo o mundo. A Sociedade Torre de Vigia produziu 21 documentários em vídeos sobre uma variedade de temas históricos e bíblicos, em 78 línguas. A Bíblia completa está disponível no formato MP3 em português e em um grande número de idiomas. Além disso, outros livros, brochuras, e artigos recentes das revistas A Sentinela e Despertai também estão disponíveis em formato MP3 ou disco completo. No inicio da década de 80, uma equipe de vários países desenvolveram o MEPS ou Sistema eletrônico de fotocomposição multilingue que atualmente tem a capacidade de traduzir matérias em 644 idiomas, utilizando 29 alfabetos e conjunto de caracteres. Atualmente 2400 voluntários ajudam com a tradução.

Referências Bibliográficas

1. A Sentinela, 1º de julho de 2009, pp. 15-16

2. Raciocínio à Base das Escrituras, p. 22

3. Mensageiro da Paz – Quem São? 15 de janeiro de 1997, p. 9



por Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil






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Evidências da ressurreição de Cristo

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O apologista William Lane Craig aponta três grandes evidências da ressurreição de Cristo.

Primeira evidência: o túmulo vazio. A história da ressurreição de Cristo não teria durado um minuto se o corpo de Jesus estivesse na tumba. Contudo, há grandes evidências que comprovam o fato de que o túmulo de Jesus ficou vazio.

a) A credibilidade da história do enterro de Jesus. Existe ênfase no Novo Testamento no sepultamento de Cristo. Paulo escreveu em 1Coríntios 15.3-5: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultados e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois ais Doze”. No período em que esse texto foi escrito, como as testemunhas de Jerusalém estavam vivas, elas poderiam desmentir Paulo afirmando que não houve sepultamento de Jesus. Contudo, isso não ocorreu. Além disso, não havia tempo suficiente para que uma lenda a respeito do sepultamento de Cristo tivesse surgido e sido aceita por todos.

O próprio Paulo esteve por duas semanas em Jerusalém (Gl 1.18) e lá pode confirmar o fato de que todos sabiam que Jesus foi sepultado. Outro ponto importante é considerar a figura de José de Arimatéia. Nenhum acadêmico de nosso tempo afirma que José é uma invenção dos primeiros cristãos, sobretudo por se afirmar que ele era um membro do Sinédrio, fato que poderia ser facilmente desmentido. Além disso, até mesmo detalhes incidentais que os evangelhos fornecem sobre José corroboram sua existência histórica. As narrativas afirmam que ele era rico (o que justifica o tipo de túmulo) e que ele era de Arimatéia (um lugar sem nenhuma importância e simbolismo na Bíblia).

b) O túmulo vazio foi descoberto por mulheres. Dado o relativo baixo status que as mulheres ocupavam na sociedade judaica e sua pequena qualificação para servir como testemunha legal, é surpreendente o fato de que foram mulheres que descobriram o túmulo vazio. Se, de fato, não fossem mulheres que tivessem descoberto o túmulo vazio, por que a igreja afirmaria isso e humilharia seus líderes afirmando que esses permaneceram escondidos em Jerusalém como covardes? Além disso, os nomes das mulheres citadas eram conhecidos por toda a igreja primitiva e seria muito fácil desmenti-las caso elas não tivesses visto o túmulo vazio primeiro.

c) A investigação que Pedro e João fizeram do túmulo vazio é historicamente provável. A visita dos discípulos à tumba vazia é extremamente plausível porque eles estavam em Jerusalém.

d) Seria impossível para os discípulos anunciarem a ressurreição em Jerusalém se a tumba não estivesse vazia. O túmulo vazio é a condição sine qua non do anúncio da ressurreição de Cristo. A pregação dos discípulos não duraria um minuto se o corpo de Jesus estivesse sepultado.

e) Os próprios opositores do cristianismo não negaram o fato do túmulo vazio. Os judeus opositores à fé cristã em nenhum momento negaram que o túmulo estivesse vazio, pelo contrário, acusaram os discípulos de terem roubado o corpo de Jesus. Essa é uma evidência muito persuasiva de que o túmulo estava vazio.

f) O fato de que o túmulo de Jesus não foi venerado indica que ele estava vazio. Os judeus veneravam e preservavam os túmulos dos profetas e homens santos. Essa veneração era aspecto importante na religião judaica. Contudo não existe o mínimo vestígio de que o túmulo de Jesus foi venerado. A razão para isso é que ele estava vazio.

Somadas, tais evidências são um forte argumento para comprovar o história de que o túmulo de Jesus estava vazio.

Segunda evidência: as aparições de Jesus ressuscitado. Há grande comprovação histórica de que Jesus foi visto depois de morto por várias pessoas. Em 1Coríntios 15.3-5 Paulo afirma que Jesus apareceu a Pedro e aos demais discípulos, e prossegue dizendo: “Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo” (1Co 15.6-8). Essas informações de Paulo foram escritas muito próximas aos eventos e, por isso, não podem ser lendas. A maioria das quinhentas pessoas que viram Jesus ressurreto poderia ser questionada para comprovar a história.

Terceira evidência: a origem da crença dos discípulos na ressurreição de Jesus. Por que os discípulos acreditariam que Jesus ressuscitou se de fato ele não tivesse ressuscitado? Não há explicação satisfatória para essa pergunta a não ser admitir que Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos. È importante notar que os judeus acreditavam na ressurreição, como comprovam os textos de Isaías 26.19, Ezequiel 37 e Daniel 12.2. Contudo, eles acreditavam que a ressurreição seria no fim do mundo e não no meio da história, e também que a ressurreição seria para todas as pessoas e não para um indivíduo isolado. Portanto, os discípulos de Jesus só poderiam crer na ressurreição de Jesus e morrer afirmando que o viram depois da morte, se verdadeiramente Jesus tivesse ressuscitado e aparecido para eles. É um contra-senso afirmar que alguém morre por algo que sabe ser uma mentira. [1]

[1] CRAIG, Willian L. Did Jesus rise from the death? In: WILKINS, Michael J.; MORELAND, J.P. Jesus under fire. Grand Rapids, Michigan: Zodervan, 1995, p.141-176


por Davi Lago
do NAPEC para o INPR Brasil





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