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Porque não é bíblica a desassociação (III)

De fato, as implicações da prática nefasta da desassociação, através da franca distorção de textos bíblicos e do argumento humano tem feito com que pessoas fiquem aprisionadas a um sistema opressor, sem poderem sair dele. Há casos de TJ’s ativas que não creem mais na Torre de Vigia mas não saem da organização temendo o que pode vir a lhe acontecer: ostracismo exacerbado, perda de laços familiares e de amizades de longos anos, exclusão de uma história de vida inteira, além dos casos mais sérios dos que acreditam sinceramente no Corpo Governante e nutrem sensações terríveis de que, caso pequem e sejam expulsos, deixarão de ser amados por Deus, ficarão sem rumo, sem direção, perdidos de si mesmos, afinal, a identidade das Testemunhas não é delas, é eminentemente vinda das orientações da associação Torre de Vigia.

Cristo nos chamou à LIBERDADE

“E Jesus prosseguiu assim a dizer aos judeus que acreditavam nele: ‘Se permanecerdes na minha palavra, sois realmente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’”. (João 8:31-32).

Se estamos em um sistema em que nos sentimos presos, jungidos, sem poder nos mover, está na hora de refletir melhor sobre o assunto.

Cristo nos chamou para AMAR O PRÓXIMO

“[...] eu vos digo: Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem; para que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus, visto que ele faz o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também a mesma coisa os cobradores de impostos? E, se cumprimentardes somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem também a mesma coisa as pessoas das nações? Concordemente, tendes de ser perfeitos, assim como o vosso Pai celestial é perfeito” (Mateus 5:44-48).

Notem o versículo 47 desta passagem "... Se temos que cumprimentar nossos inimigos, imagine os que se desviaram da fé por conta de um pecado que não seja a renúncia ao nome de Jesus! Deus não iria enviar seu Único Filho à toa, muito menos conceder a Graça (benignidade imerecida) e a Salvação se Ele não estivesse interessado em nós do jeito que somos. Somos todos propensos a falhas, e, da mesma forma, indignos de perdão, mas Jeová quer que nos amemos! É tão simples! Lendo os Evangelhos, você não vê, nem em uma única vez, Jesus evitando alguém por esse ser pecador. Ao contrário, ele ia ao encontro deles! Cristo os amava, os queria ao seu lado, se importava com cada mínimo detalhe de suas vidas, suas lutas, suas angústias, seus medos e fracassos. Isso seria diferente hoje em dia? De maneira nenhuma! Hebreus 13:8 diz: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre”.

Portanto, caro leitor, a nossa bandeira não é contra a religião das Testemunhas de Jeová. É contra abusos relacionados aos direitos humanos básicos e constitucionais. É contra as famílias que são despedaçadas por práticas religiosas desnecessárias e antibíblicas.

Apesar de sabermos que há erros flagrantes de interpretação bíblica e de modo de vida entre as Testemunhas, eu, pessoalmente, sei que não há como parar de forma séria e comedida sua organização. Porém, há um ditado que meu pai me dizia em vida: “O mal por si se destrói”. Creio sinceramente que um dia, de alguma forma, os males internos da organização da Torre de Vigia serão expostos de forma muito ampla, e, de dentro para fora, as coisas começarão a mudar. Há muito gente lá dentro que não deveria realmente estar, e precisam sair e se encontrar de fato com Cristo Jesus, como eu me encontrei um dia (2 Timóteo 2: 19; Atos 18:7-11).

Espero que você tenha lido com atenção este longo texto construído por mim, que faz parte do livro que tenho planos de concluir, falando sobre a desassociação. Qualquer dúvida, pode escrever diretamente para mim, ao meu e-mail ctsantana@gmail.com.


por Cleber Tourinho

ex-testemunha-de-jeová, professor, linguista, revisor de textos, orientador em Medotodologia da Pesquisa Cientifica e está mestrando em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia



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