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Juiz de Goiás que anulou união de casal gay nega ser homofóbico

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Em entrevista exclusiva ao Fantástico, o juiz de Goiás, Jeronymo Villas Boas, que mandou anular a união estável de um casal gay há poucos dias, negou ser homofóbico, dizendo: "de modo algum".

“[O juiz] comparou o nosso ato para o cartório como um ato criminoso, de um roqueiro que tira a roupa durante um show no palco”, diz o jornalista Léo Mendes.

Odílio e Léo foram ao Rio de Janeiro fazer outra escritura de união estável. “Sim! E não há juiz nesse país que irá nos separar”, disse Léo, na cerimônia.

A cerimônia se transformou em um protesto coletivo: 43 casais homossexuais firmaram compromisso em cartório, inclusive, Odílio e Léo.

Mas eles nem precisavam ter viajado. A corregedora de Justiça de Goiás Beatriz Figueiredo Franco anulou a sentença do juiz e deu validade ao primeiro documento assinado pelo casal. “Eu achei por bem tornar sem efeito a decisão, dado o alcance administrativo que esta significava”, diz a corregedora.

O Fantástico foi a Goiás encontrar o juiz Jeronymo Villas Boas que contrariou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a união estável de pessoas de mesmo sexo. A equipe de reportagem chegou no momento em que ele recebia a notificação da corregedoria, revendo a sentença.

Perguntado se não teria medo de uma punição, ele responde: “Medo não faz parte do meu vocabulário”.

Mineiro de Uberaba, 45 anos, casado, pai de dois filhos e vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros. Jeronymo Villas Boas é juiz há 20 anos e diz que se baseou na lei para tomar sua decisão.

“O que neste ato pretenderam os dois declarantes é obter a proteção do estado como entidade familiar. Os efeitos jurídicos que se extrairia disso são efeitos jurídicos de proteção da família. Eles não são uma família”, afirma.

Ele argumenta que se ateve ao conceito de família definido pela Constituição brasileira. “Declara no artigo 16 que constitui família o núcleo formado entre homem e mulher. E dá a esse núcleo uma proteção especial como célula básica da sociedade. Família é aquele núcleo capaz de gerar prole”.

Para o juiz, a união estável de pessoas de mesmo sexo contraria esse conceito constitucional. Na opinião dele, casais gays não teriam como constituir nem família nem estado. “Se você fizer um experimento, levando para uma ilha do Pacífico dez homossexuais e ali eles fundarem um estado, sob a bandeira gay, e tentarem se perpetuar como estado, eu acredito que esse estado não subsistiria por mais de uma geração”, argumenta.

A posição do juiz vai contra a interpretação do Supremo Tribunal Federal sobre o que é uma família. “O ministro-relator Ayres Britto disse que a Constituição apenas silencia e, portanto, não proíbe a união homoafetiva. Em linguagem poética, o relatório dele, aprovado por unanimidade, diz que família é um núcleo doméstico baseado no afeto e que os “insondáveis domínios do afeto soltam por inteiro as amarras desse navio chamado coração”.

Religião

Desde o ano passado, o juiz Jeronymo Villas Boas é também pastor da Igreja Assembleia de Deus, que frequenta toda semana. Para os que o acusam de fundamentalismo religioso, Jeronymo Villas Boas diz que já tomou decisões contra a sua própria igreja, negando pedidos de isenção de impostos. E afirma ter outras inspirações. “As pessoas, talvez, possam querer me criticar porque eu tenho uma forte influência marxista”, diz o juiz.

De Marx, o fundador do comunismo, a Martin Luther King, de quem tem um imenso painel. “O Martin Luther King foi um defensor da igualdade racial, mas também foi um defensor da família”, destaca.

Em uma biblioteca contígua ao gabinete dele, Jeronymo mostra à equipe de Vinicius de Moraes, ao famoso ensaio do psicanalista Roberto Freire sobre o desejo, e até uma bíblia em hebraico.

Diz que lê de tudo, sem preconceito. Mas não nega a influência de seus princípios religiosos. “A Constituição brasileira foi escrita sob a proteção de Deus. Querer que um juiz, que professa a fé evangélica, não decida questões que envolva conflitos, muitas vezes, de natureza política, social ou religiosa é negar a independência do juiz”, pondera.

E afirma que vai tomar a mesma decisão sempre que houver casos semelhantes. “Já solicitei de todos os cartórios que me remetam os atos que foram praticados a partir de maio deste ano para análise”, avisa.

O repórter pergunta se ele sabe que irá enfrentar uma briga, e Jeronymo responde: “Não há problema. Se o juiz tiver medo de decidir, tem que deixar a magistratura. Juiz medroso ou covarde não tem condição de vestir a toga”.

Já quando perguntado sobre o que fará se for enquadrado pelos superiores, argumenta: “Eu tenho direito de defesa. Se me punirem sem o direito de defesa, nós entramos no regime de exceção”, afirma.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, se diz perplexo com a atitude de Villas Boas. Para o ministro, nenhum juiz está acima das orientações do Supremo. “No meu modo de ver, a reiteração dessa prática por esse magistrado vai revelar a postura ostensiva de afronta à Suprema corte. Isso efetivamente vai desaguar em um processo disciplinar junto ao Conselho Nacional de Justiça”, alerta Fux.


Fonte: G1



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Religiões do México

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Um dos cultos mais difundidos no México é a Testemunha de Jeová. Organizada por volta de 1969 seu método de ganhar novos convertidos - a pregação de casa em casa - lhes permitiu recrutar 600.000 fieis, todos dedicados a espalhar a sua fé. Eles se recusam a obedecer a determinadas regras civis (como jurar a bandeira) e receber transfusões. Eles acreditam que Jesus Cristo não é Deus. Em Texcoco, a leste da Cidade do México, a seita construiu uma espécie de cidadela chamada Betel, que serve como escritório ou um centro de doutrinação universitária. Seus 1.000 moradores se alimentam em um horário definido, oram e, em seguida, iniciam o estudo da Bíblia. Às 5 horas, o jantar é servido. Todos são dedicados a vários serviços para o grupo, principalmente a impressão e distribuição de a Sentinela e Despertai!, duas revistas de proselitismo.

Eles são seguidos, em ordem de importância, pelos mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), cuja primeira igreja foi organizada por sete pregadores que chegaram no México em 1875, oriundos do Arizona (EUA). Eles se juntaram, uma década depois, a outros 400 que vieram de Utah para escapar à perseguição das autoridades por seu hábito de praticar a poligamia. Eles se estabeleceram em Casas Grandes, Chihuahua. Em 1993 recebeu o registo como uma associação religiosa e agora o número de um milhão de fieis.

A Igreja dos Irmãos da Luz foi fundada em 1926 pelo ex-soldado Eusebio González (nascido em Colotlan), que adotou o nome de Aaron. A seita assente em Guadalajara, em 1955, onde adquiriu um lote de 14 hectares para criar a bela província da colônia religiosa. Os seguidores desta seita são batizados aos 14 anos de idade e apenas creem em Jesus Cristo, o casamento é imposto pelo líder, e não há divórcio. Ministros devem ser casados.

Todos os anos, no dia 14 de agosto celebram a santa ceia em honra ao fundador (falecido em 9 de junho de 1964). Segundo algumas estimativas, a Igreja Luz do Mundo possue perto de cinco milhões de adeptos, dos quais 50% estão em Guadalajara e os demais estão espalhados na América Central e do Sul. Seu principal objetivo é treinar e monitorar comunidades remotas. Sua igreja tem capacidade para 12.000 pessoas.

A Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977 no Brasil, chegou ao México em 1981 e é conhecida pelo slogan “Pare de sofrer”. A IURD baseia-se na “teologia da prosperidade”, em que o crente pode “reclamar bênçãos de prosperidade ao Deus Todo-Poderoso, que possui todo ouro e a prata.” Eles acreditam que dízimo dado à Igreja é uma demonstração de fé, segundo o fundador, o brasileiro



por Rachel Cabellero Membrilla
do Instituto Cristiano do México






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A seita do sexo

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Tempos atrás uma mãe desesperada me ligou para pedir informações sobre a seita meninos de Deus, conhecida hoje como A Família de Deus. Sua preocução residia no fato de que sua filha, ainda com seus 17 anos, em plena fase de preparação para o vestibular, frequentava as reuniões dessa seita, mas apresentava comportamentos estranhos, como passar pouco tempo em casa, evitar conversa com os pais, trancafiando-se no quarto. Então, procurei alertar essa senhora: David Berg, o fundador desse movimento, pregava o sexo como meio de evangelismo, e a literatura dos jovens ali contém cenas absurdas.

O sexo como pano de fundo para Jesus

O fundador dessa seita, DAVID BERG, já é falecido (1994), e segundo as publicações da seita, encontra-se no céu, na colônia. Enquanto vivo, este sujeito sofreu processos por abusos sexuais. A Wikipedia declara:

"Pelo menos seis mulheres, inclusive suas duas filhas e duas de suas netas, alegaram publicamente terem sido sexualmente abusados por Berg quando crianças. A filha mais velha de Berg, Deborah Davis, escreveu um livro no qual ela acusa o pai de molestar sexualmente tanto dela, quanto de sua irmã, quando eram crianças, e de ter tentado fazer sexo com ela quando adulta. Sua irmã, Faith Berg, corroborou essas acusações, no entato as descreveu de maneira positiva." - http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Berg

Mas como essa seita conseguiu recrutar jovens e adultos? Sempre de forma velada, o sexo foi usado como "ponte", mas com uma mensagem muito amorosa sobre Jesus. Um dos folhetos dessa seita afirma:

"Mas você não pode salvar-se a si mesmo. [...] Jesus promete que se abrir o seu coração, ele entrará mesmo. [...] Você pode receber Jesus agora mesmo, fazendo esta simples oração: Querido Jesus, por favor me perdoe todos os meus pecados. Eu acredito que você é o FIlho de Deus e que morreu por mim, e agora O convido a entrar no meu coração. Jesus, por favor, entre e me ajude a amar os outros e a lhes falar sobre Você para que também possam encontrá-Lo. Peço em nome de Jesus, amém." - O Amor Sempre Dá um Jeito.

Todavia, conforme relatos de seus próprios filhos e de ex-adeptos, o movimento realmente usa o sexo como forma de "evangelismo", pois Deus é amor. Temos emprestado uma xérox do livro Meninos do Céu, que dão provas convincentes disso. Por exemplo, observe o que esse livro afirma sobre o que DAVID BERG anda aprontando lá no céu:

"36 [...] Agora, só preciso de espaço para Phoebe e India Joy nesta enorme cama boa e confortável! Glória ao Senhor! O que é melhor do que uma linda mulher? - Duas mulheres! Aleluia! 37. VAMOS LÁ, VAMOS DIVERTIR-NOS UM POUCO E AUMENTAR A POPULAÇÃO - afinal não existe enjoos matinais, sensação de peso ou dores de parto Aqui em cima! (Apoc. 21:4) [...] Por isso, vamos nessa, vamos lá, garotas! Temos muito pela frente! - Que dizem a isso, rapazes? - Vamos começar já! - Amém! Aleluia! Obrigado Jesus! Glória ao Senhor! - Não é mesmo maravilhoso? - Que lugar! - Como estamos nos divertindo aqui no ceu! - Os Meninos do Ceu, [capítulo 14 - A Cidade do Futuro], página 300, item 36 e 37.

Conforme podemos observar na foto em anexo, tais cenas são uma afronta contra os ensinos de Jesus. Nem na ressurreição haverá casamento e sexo, quanto mais antes dela. (Mateus 22:30) Pior do que isso: Se lá no ceu, o conhecido como "Vovô" Berg pode ter esposas adolescentes, com direito à charge com ela na cama, que exemplo negativo para os jovens que o seguem! Nessa imagem do lado, precisamos censurar a imagem dos seios dessa jovem, que parece ser adolescente, e mesmo que não seja, que espécie de literatura cristã é esta? Segundo vários sites, David Berg teria dito que "o orgasmo é o melhor meio de se chegar a Deus". A Bíblia ensina a fugir da fornicação, conforme 1 Coríntios 6:18.

Na mesma literatura já referida há outra foto intrigante, que precisamos censurar as partes picantes. Ao lado da foto, lemos:

"Elas então ficam muito emocionadas e excitas e parecem sentir que existe algo muito especial a esse respeito, que sentem a presença do Vovô bem ali perto, e de maneira muito querida, para as duas como sempre! Elas então caem no sono novamente abraçadas e eu fico emocionado e satisfeito com minha primeira visita à minha familiazinha na Terra novamente! Obrigado Jesus! Louvado seja o Senhor!" - Os Meninos do Céu, página 392.

Apelo aos pais

Caso você, pai ou mãe, saiba que seu filho ou filha estejam enveredando por esse caminho contrário à Palavra de Deus, que segue ensinos de um líder maníaco sexual, não hesite em procurar ajuda, tanto das autoridades, quanto de familiares e amigos religiosos. Certo empresário comentou que embora fosse casado, foi assediado por uma dessas jovens, que buscaram falar-lhe sobre Jesus, com a promessa de "curtirem muito sexo", pois Deus é amor. Essa organização separa os filhos dos pais, conforme relatos de ex-membros. Se você é ex-membro, ou tem filhos ali, colocamo-nos à disposição para ajudar você.




por Fernando Galli
do IACS para o INPR Brasil







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Igrejas do Pão e do Circo

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Prometo: não vou chover no molhado.

Lá por meados de 2010 escrevi um texto que era um verdadeiro desabafo. Publiquei e depois voltei atrás, reconhecendo um conteúdo raso, emotivo demais e sem solução prático-teológica. Optei remover o texto, embora o mesmo tenha sido replicado em outros sites.

É o preço deste tempo: o que entra na rede, se multiplica em velocidade exponencial. Assim como os devaneios das “Igrejas Pão e Circo”, que se multiplicam em velocidade alarmante.

Creio que você já deve ter ouvido alguma vez a expressão “Pão e Circo” em sua vida, correto?

Vou contar brevemente o motivo de tal expressão. Nos dias da Roma antiga praticava-se a política “panem et circenses” (política do pão e circo), já que devido a fatores socioeconômicos, houve um considerável êxodo dos moradores das regiões rurais em direção a Roma. Sem emprego e sem ter o que comer, a multidão se tornava um perigo crescente para ordem social, levando o império a tomar uma decisão que entorpeceria o povo, fazendo-os esquecer da realidade e maquiando a verdade onde estavam inseridos. Manobra de manipulação em massa.

Tudo muito simples: de modo constante ocorriam lutas envolvendo gladiadores nos estádios, sendo o Coliseu o mais conhecido de todos. Durante as lutas o povo era “gentilmente” alimentado. Enquanto se divertiam com o show de horrores e se alimentavam de modo precário, a multidão ficava “domada”. Mesmo estando mal alimentado e podendo curtir um entretenimento raso, o povo se contentava e não haveria preocupações relacionadas à massa para que os poderosos viessem a ter incômodos.

Vindo para nossa proposta, temos como fato que nossos dias têm sido marcados por agito eclesiástico. Onde olhamos é possível constatar gente que anda “em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Ef 4.14).

Vi recentemente coisas que – infelizmente – não chocam mais. Ilustrações trágicas travestidas de mensagem do Evangelho, mas que são vazias do mesmo. “Pastores” utilizando poço e lama para ilustrar e infectar seus seguidores com a nefasta Teologia da Prosperidade e similares; outros da ala dos “revoltados” com a vida utilizando crianças para expor suas teorias mercantilistas mirabolantes; igreja emprestando o altar para que o sósia de um apresentador faça micagens; a infestação da Teologia Relacional (Teísmo Aberto), com seus “pensadores” liberais e moderninhos, e por aí vai. A lista é grande, e você sabe bem disso, não é preciso repetir.

De modo claro e direto, tais demonstrações nada mais são que “pão e circo”. Todo mundo se diverte com o show de horrores com jeitinho de Evangelho, “come” um pãozinho aqui e acolá, volta para sua casa e se engana achando que está alimentado com pão genuíno. Seja sincero: você acredita que tais práticas correspondem ao Evangelho e a missão da Igreja no mundo? Se você acha que sim, peço que calque biblicamente sua resposta, já que as Escrituras quase não são utilizadas nos Coliseus eclesiásticos, e quando são, é de modo pervertido e desconexo.

Mas não vamos gastar mais linhas falando sobre o problema. A proposta é falar mais sobre o que acredito – biblicamente – ser um caminho de solução. Lendo muito sobre o assunto, vendo a prática de muitos pastores e professores, de pessoas não presas a métodos e a números, mas sim enveredadas na senda da qualidade eclesiástica.

O que fazer para melhorar um pouco este cenário?

Fato é que os líderes que apregoam o “Pão e Circo” dificilmente mudarão a sua práxis. O foco deste texto é tentar alcançar aqueles que estão seduzidos pelo erro e vacinar os que não têm contato com as modinhas, bem como reforçar e incentivar os cristãos a permanecerem na Verdade.

Coisas simples e funcionais

Exposição bíblica, pregação expositiva: Você já teve a oportunidade de receber alimento sólido através de uma exposição bíblica?

Os púlpitos estão cada vez mais carentes da exposição da Verdade. É chocante ver que dia-a-dia nossos pastores estão se transformando em animadores de plateia e terapeutas se distanciando da genuína vocação. Nesta via de mão dupla, a plateia anseia pelo espetáculo e quer a todo custo ouvir o que agrada, enquanto aquele que deveria expor a Verdade a todo custo, acaba cedendo a vontade dos seguidores.

Se uma mãe alimenta o filho apenas de batata frita, por mais que o filho ame tal comida, o deixará doente, desnutrido e obeso. E a analogia bate com a saúde do povo evangélico. Um povo carente de alimento sólido e obeso de teorias e filosofias humanas de sucesso e prosperidade.

Mark Dever é um pastor que pensa assim. Veja sua opinião:

Se alguém me procura e pergunta se deveria aceitar o pastorado de uma igreja que não deseja que ele pregue de maneira expositiva, talvez eu o desestimulasse a aceitar essa posição. Se um cristão me procura e diz que um falso evangelho é ensinado consistentemente no púlpito de sua igreja, provavelmente eu o encorajaria a mudar de igreja.

Por que digo isso com tanta firmeza? Pela mesma razão que desestimularia alguém de ir a um restaurante onde não servem alimentos, mas somente figuras de alimentos. A Palavra de Deus, somente a Palavra de Deus, dá vida! [1]

De fato, existem métodos variados de pregação: pregação em tópicos, pregação biográfica, pregação histórica, etc. Porém a pregação expositiva é a que provem o sólido alimento pelo fato de expor a Palavra de Deus. Expor as Escrituras demonstra submissão total ao Deus da Palavra. Como é maravilho mergulhar num determinado texto, absorver seu conteúdo contextual e poder absorver o ensino e aplicar na própria vida! Não há preço que pague tamanha refeição.

Minha esperança é que o pastor que leia este ensaio se desperte para a pregação expositiva. Desta forma a autoridade da pregação sempre começa e termina na Escritura. Sempre! Não devemos nos enganar, igrejas cujo eixo não é a Palavra (existem igrejas onde o louvor é o centro do culto, ledo engano) tendem a superficialidade. Antes que os “levitas” [2] me apedrejem, reafirmo a necessidade do louvor, porém a Palavra de Deus é o foco do culto. A igreja não deve estar edificada sobre a música, mas sobre a Palavra.

E vou além: nossas canções precisam de base bíblica profunda. É duro constatar um sermão profundamente bíblico e expositivo, porém regado a canções centradas no homem para que ele se sinta bem, prosperando “para direita, para esquerda” e por aí vai.

Bíblia, maravilhosa Bíblia

A teologia bíblica é o norte que nos garante o caminho certo. Quando se desvirtua a centralidade da Palavra, tende-se a migrar para caminhos ermos. Tende-se a correr atrás de um horizonte utópico, como certo pensador falou acerca de algo profundamente bíblico e absolutamente verdadeiro.

Em nossos dias, onde a pseudoteologia dos neopensadores tenta a todo custo derrubar a teologia, falar em sã doutrina é visto como insanidade, intolerância, pensamento na caixinha.

Quero incentivar o leitor a ir um pouco além. O cristão de nossos dias não se sente motivado a estudar sobre doutrinas centrais da fé cristã. O ambiente é tão hostil, tão modificado, que soa estranho (e sinceramente, as vezes me sinto um dinossauro) quando incentivo alunos e leitores ao estudo sistemático das Escrituras e ao estudo – ao menos superficial – de matérias teológicas.

Aquilo que até pouco tempo atrás era fundamental e verdadeiro, foi travestido de pensamento bitolado pelos dirigentes dos Coliseus eclesiásticos. E viva a farra do “pão e circo”.

A Bíblia é incisiva ao alertar que o ensino correto deve ser aplicado na igreja. Não fui eu que inventei isso, mas é alerta da Palavra. Tomemos por exemplo a exaustiva insistência de Paulo para Timóteo e Tito (leia as cartas, são curtas e profundas). A insistência de Paulo na questão doutrinária é impressionante, um verdadeiro megafone para a igreja de hoje.

A pregação expositiva, em aliança com a teologia bíblica, fará toda a diferença. Deixo as palavras sábias de um mestre nas Escrituras, Lawrence Richards, que de certo modo é uma bela aplicação sobre tudo que foi dito até aqui:

1) Conhecer a verdade , estar comprometido com a sã doutrina, precisa nos levar à santidade de vida, ao autocontrole, à reverência etc.; 2) Não se espera somente que a verdade tenha um grande impacto sobre a nossa vida, mas que a vida esteja em harmonia com a verdade. Nossas boas obras precisam refletir nossas crenças; 3) É a verdade que produz o estilo de vida marcado pela santidade, e não o contrário. Ser uma “boa pessoa” não leva o indivíduo à verdade. Mas ela, aceita e aplicada, produz a santidade em nós. [3]

Não seja apenas um “revoltado com o sistema”. Precisamos ser mais práticos neste momento e tentar melhorar o quadro, ao menos com alertas na neblina. É nosso dever.

Oremos pela igreja para que os pastores se voltem para as Escrituras e para que nossos irmãos em Cristo busquem esse compromisso. Ainda há esperança.

Pão e circo, não. Pão da vida, sim (Jo 6.35).

Notas

[1] DEVER, Mark. O que é uma igreja saudável? São José dos Campos: Editora Fiel, 2009. p.56

[2] “Levitas” estão em aspas, pois, biblicamente falando, em nossos dias, o ofício levítico simplesmente não existe. Os que usam o título para si o fazem por ignorância ou propositalmente. A pregação expositiva é um remédio para tratar tamanho equívoco.

[3] RICHARDS, Lawrence. Comentário bíblico do professor. São Paulo: Editora Vida, 2004. p. 1124-25



por João R. Weronka
do NAPEC para o INPR Brasil





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O Homossexualismo e a Constituição de 1989

Passados poucos dias da aprovação – por parte do STF – da união civil homossexual, nos debruçamos para avaliar até que ponto tal medida fere os princípios básicos da sociedade brasileira. Ao analisar tal questão, três principais argumentos vieram à tona: o jurídico, o religioso e o moral.

Jurídico
Há espaço na Constituição de 1989 que vislumbre a união civil homossexual? De início, podemos dizer que a Constituição dá base apenas à união heterossexual, ou seja, entre homem e mulher. O artigo 126, parágrafo 3, é claro ao dizer:

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Constituição Federal; 1988).


Portanto, de acordo com a Constituição de 1988, a união estável somente é valida quando realizada entre “homem e mulher”. Cabe somente ao Congresso, Senado e Presidência da República fazer emenda à Constituição.

Uma vez que a Constituição não abre espaço para a união entre pessoas do mesmo sexo, o STF cometeu um erro gravíssimo ao aprovar a união homoafetiva. Primeiro, porque foge a sua alçada. Segundo, porque os direitos previstos por Lei somente são cabíveis ao homem e a mulher – referindo – se, obviamente, a sexos diferentes. Dessa forma, a interpretação com base na premissa de Igualdade e Justiça não cabe – por força da Constituição – a sexos diferentes daqueles previstos em 1988. Não há sequer uma brecha que permita uma interpretação diferente da aceita nos meios jurídicos.

Religioso

Apesar de o Estado Brasileiro ser laico, há um forte clamor religioso no Brasil contra a PL 122 e seus desdobramentos. Sendo um país de maioria cristã – dos quais 30 milhões são evangélicos – e sabendo-se que pelo menos 60% dos quase 190 milhões de brasileiros são contra a união homossexual, todas as principais decisões que afetam diretamente o país teriam de ser submetidas à sociedade em forma de plebiscito. É o caso, por exemplo, do aborto e da maconha. São questões que fogem ao poder dos tribunais, porque, antes de qualquer coisa, é a sociedade como um todo que está em jogo. Não é porque 3% da população brasileira é usuária de maconha, que os demais 97% não devam ser consultados a respeito. Por que seria diferente com relação a união civil homossexual?

Moral

Para além das questões jurídicas e religiosas, a questão moral também é um dos entraves quando tratamos, por exemplo, da adoção de crianças por casais gays. Imagine, por exemplo, como será a convivência de uma criança cujos pais são gays, principalmente ao se deparar com famílias constituídas por pai e mãe? Como será o relacionamento com os amigos, com os vizinhos, na escola e, futuramente, nas relações amorosas e de trabalho? Logo, como será a formação psicológica dessa criança? Terá ela, por influência dos pais, que seguir o mesmo caminho homossexual? Como será o seu relacionamento com a sociedade?

Há ainda outra questão não relacionada à adoção: uma vez aprovada a PL 122 – que punirá, se aprovada, qualquer tipo de opinião contrária ao homossexualismo – como os pais poderão educar seus filhos se a todo momento se defrontarão com manifestações amorosas gays? Como poderão circular livremente pelas praças, parques, shoppings, cinemas sem ter que se defrontar com situações difíceis de explicar para uma criança em formação? Imagine uma criança que ao regressar da escola vê dois homens se beijando na boca e ao chegar em casa pergunta aos pais se isso é normal? São essas questões que o Congresso Nacional – e não o STF – deve analisar antes de colocar em prática a PL 122.

Conclusão


Com raríssimas exceções, encontramos casos de indivíduos hermafroditos (com dois sexos ou cromossomo diferente da parte estética). Na maioria dos casos, o que temos na sociedade é uma questão de escolha, de tendência, de moda, de partido. Não sendo genética, tal escolha é passível de crítica e oposição. Se a política, a economia, os movimentos sociais e as tendências são passíveis de críticas, por que não o homossexualismo? Fica aqui a questão.



por Johnny Bernardo

do INPR Brasil






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Por que Deus não impediu a queda?

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Eis uma das mais delicadas questões com que se depara a Teologia Cristã: Por que Deus não impediu a queda? Como crentes na soberania divina irrestrita, não podemos supor que a Queda tenha pego Deus de surpresa.

A prova de que Deus não apenas previa a desobediência humana, como a permitiu, e a incluiu em Seu glorioso plano, é que, antes mesmo da fundação do mundo, Ele havia provido um meio de equacionar o problema do pecado. De forma que a Bíblia nos apresenta Cristo como o “Cordeiro que foi morto desde antes da fundação do mundo” (Ap.13:8b).

Não há improvisos no plano arquitetado por Deus. E a prova disso é que Ele já havia feito ampla provisão.

Antes do início da História, um plano foi arquitetado, em que cada evento foi previamente decretado pelo Criador. Em Sua Onisciência, Deus sempre soube com antecedência de todas as coisas. O Deus das Escrituras não deve ser confundido com o “deus” da chamada teologia de processo, que nada sabe quanto o futuro, pois é refém do tempo que ele mesmo criou.

Definitivamente, Deus não é refém do tempo. Ele vive na Eternidade, onde não há passado ou futuro, mas um eterno agora. Todas as coisas estão diante d’Ele concomitantemente. Ele não precisa lançar mão de dados estatísticos, para saber a probabilidade de algo acontecer ou não. Ele simplesmente sabe.

Em Sua sabedoria, Ele decidiu que o homem só conheceria Seu amor e Sua graça, se tropeçasse e caísse de seu estado original.

Agostinho foi feliz ao declarar: “Oh bendita queda, que nos proporcionou tão grande redentor!”. Se não houvesse Queda, não haveria necessidade de Redenção. Se não ocorresse a Ruptura, também não haveria a Convergência em Cristo na Plenitude dos Tempos. Portanto, não haveria cruz; jamais entenderíamos a profundidade do amor de Deus. A graça nos seria um conceito desprovido de qualquer sentido.

Sem a Queda, fatalmente seríamos corrompidos por nossa própria perfeição, como aconteceu com um tal querubim ungido.

Foi melhor sermos humilhados, para ser depois exaltados pela Graça divina, do que nos exaltarmos, e sermos definitivamente derrubados de nossa arrogância.

Tudo estava no plano de Deus. A maneira como cairíamos, e como seríamos reconduzidos à glória.

A serpente não entrou no paraíso por um descuido de Deus.

A provisão de Deus para a reversão da Queda é Cristo. Ele reverteu, através de Sua obediência, o processo desencadeado pelo pecado.

Ele não só zerou nosso débito, mas colocou-nos numa situação de crédito com Deus.

Adão foi tentado no paraíso e caiu. Jesus foi tentado no deserto, e não caiu. Enquanto Adão podia comer de todas as árvores, Jesus, no deserto, não tinha alternativa pra saciar Sua fome, senão transformar pedras em pão. Mas Ele resistiu até o último instante.

Agora, Sua vida justa e santa é creditada em nossa conta, enquanto nossos pecados foram debitados na Sua. “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co.5:21).



por Hermes Fernandes
do GENIZAH para o INPR Brasil





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