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Sociedade Teosófica: História e Crença

A palavra Teosofia tem origem grega e significa “sabedoria divina”, derivando-se do original “theosophia”. Aqui, o termo sabedoria é interpretado como a verdade interna, oculta e espiritual que sustenta todas as formas externas das religiões, acreditando-se que a essência do universo é espiritual. Segundo sua própria definição, é uma sociedade de pessoas de boa vontade, de todas as raças e religiões, que lutam pelas relações melhores entre os indivíduos e as nações.

Segundo J. Cabral, o teosofismo é uma ramificação do espiritismo, isto é, originou-se aí. Suas crenças satânicas remontam há séculos e são originárias do Oriente. A palavra teosofia foi usada inicialmente pelo filósofo Amônio Saccas, mestre de Plotino. Na realidade, a teosofia foi criada pelas religiões pagãs do Oriente, sendo fortemente influenciada por elas. Até mesmo os escritos de Buda exerceram certa influência sobre as doutrinas teosóficas.

Origem e história

A origem do teosofismo como o conhecemos hoje, é atribuída à senhora Helena Petrovna Blavatsky, nascida na Rússia, mas naturalizada norteamericana. Era médium espírita, e por dez anos esteve sob o domínio de um espírito demoníaco que, para engana-la, dizia chamar-se João King. Aos 17 anos, Helena casou-se com o general czarista Blavatsky, alguns anos mais velho, tendo sido abandonada por ela apenas três meses depois do casamento.

Pouco depois de abandonar o marido, viajou durante alguns anos. A princípio esteve no Cairo, capital do Egito, onde viveu com um mago muçulmano que a ensinou a consultar um livro através da clarividência. Este livro estava num mosteiro do Tibete, com o nome de Stanzas de Dzyan, e continha avançados segredos de civilizações antigas. De mulher totalmente sem cultura, tornou-se profunda conhecedora desde sânscrito até física nuclear. Blavatsky afirmava que seu conhecimento provinha do Stanzas de Dzyan. Na Índia conseguiu encontrar um exemplar do livro, mas após alguns anos começou a receber ameaças de ser castigada se divulgasse o conteúdo do mesmo. Após isso ficou doente e nos três anos seguintes fugiu de um país para outro da Europa. Em 1870 embarcou num navio para o Oriente e este explodiu por estar carregado com pólvora. Blavatsky escapou ilesa do “acidente”.

Em Londres, durante uma entrevista à imprensa, alguém atirou nela, mas ela não se feriu. Mais tarde concedeu outra entrevista à imprensa para divulgar o conteúdo do livro, mas este sumiu do cofre do hotel. A partir deste incidente, ela reconheceu que atrás de tudo isso estaria uma sociedade secreta muito poderosa.

Finalmente Blavatsky decidiu embarcar para os Estados Unidos, onde se aliou a um grupo de médiuns. Como nessa época começava a pesquisar as fraudes do espiritismo, chocada com isto, coadjuvada por outras médiuns, a senhora Blavatsky fundou em Nova Iorque em 17 de novembro de 1875 a Sociedade Teosófica.

A Sociedade Teosófica na Índia

Acompanhada do Coronel Olcoot, veterano da Guerra Civil Americana, adepto do Teosofismo, deixando os Estados Unidos, em 1882, Helena parte em direção à Índia, a fim de penetrar no conhecimento das crenças hindus e budistas. Na Índia, escolheu a cidade de Madras como sede do teosofismo. Com o falecimento de Helena, outra mulher, de nome Annie Besant (1847-1933), assumiu a liderança do teosofismo. Besant, a quem madame Blavatsky associara o destino da Sociedade, dirigiu a organização até o seu falecimento, em 1933. Assumiu a sociedade Georg Arrundale e C. Jinara Jodosa. Atualmente a sede esta localizada em Adyar, no sul da Índia.

Obras de Blavatsky

Blavatsky dirigiu a Sociedade Teosófica com mão forte até o momento de sua morte. Deixou várias obras, como “Isis Revelada” e “A Doutrina Secreta”, considerada divinamente inspirada e a “bíblia” dos teosofistas.

Objetivos

Os principais objetivos da Sociedade Teosófica são:

a) Formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, classe ou cor.

b) Encorajar o estudo da religião, da Filosofia e das ciências.

c) Investigar as leis desconhecidas da natureza e os poderes latentes do homem.

Crenças

Em principio, o teosofismo é um sistema religioso completamente sincretista. Isto é, o teosofismo tem de cada religião um pouco. Desta forma, ele pretende ser a um só tempo uma religião, um sistema filosófico, e uma ciência. Pretende ser o fundamento de todos os tipos de credos e religiões.

a) Deus é tudo e tudo é Deus (panteísmo). O homem seria uma partícula da divindade embutida na matéria. Ensina também que Deus tem ainda uma quarta pessoa sendo esta feminina. Trata-se da matéria, de que se utiliza para poder manifestar-se.

b) Diz o teosofismo que cada sub-raça presta uma contribuição especial à humanidade. A contribuição da sub-raça (a 5º) é prover o homem intelectual. A da próxima sub-raça será o homem espiritual. Ao iniciar-se cada sub-raça, surge um Cristo. Noutras palavras: o Supremo Mestre do Mundo encarna em alguém. Por conseguinte, a atual raça-tronco Ariana já teve até agora cinco cristos, ou seja cinco encarnações do Supremo Mestre do Mundo, que foram:

  • Buda, na Índia (1º sub-raça).
  • Hermes, no Egito (2º Sub-raça).
  • Zoroastro, na Pérsia (3º Sub-raça).
  • Orfeu, na Grécia (4º Sub-raça).
  • Jesus, na Palestina (5º sub-raça).

c) Ensina o teosofismo que o homem tem dois corpos, sendo um natural e outro espiritual. O espiritual é constituído das mesmas pessoas da Trindade: Força, Sabedoria e Atividade. O corpo natural seria mais complicado; tem quatro partes.

  • O corpo físico, duplamente constituído. Não detalha essa duplicidade. Ensina apenas que há aqui duas partes.
  • O corpo astral, ao qual estão afetos as emoções e os desejos.
  • O corpo mental, que se ocupa do pensamento.

Para o teosofismo, o corpo mental é o mais importante dos três, pois pode habitar no mundo mental, que corresponde ao céu. O homem, através de encarnações sucessivas, volveria à imagem divina (reencarnação). Após a morte, o homem habita um período longo ou curto no céu, ao qual chamam devachan (palavra hindu), onde descansaria de seus labores. Mais cedo ou mais tarde surgiria nele o desejo de regressar à Terra, para obter mais experiência e dar cumprimento à “Lei do Carma”, por meio da qual se operaria sua salvação definitiva.

d) A Bíblia tem partes inspiradas por Deus e outras não. Alguns escritores bíblicos, segundo pregam suas doutrinas, teriam escrito por sua própria vontade.

e) A Trindade existe apenas de nomes. Deus é força, sabedoria e atividade. A soma dessas pessoas, mais a matéria, é Deus.



Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil





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