Outro exemplo é retirado da Sentinela de 1º de maio de 2000, p. 9-10:
Alguns apóstatas usam cada vez mais alguma forma de comunicação em massa, inclusive a Internet, para divulgar informações falsas sobre as Testemunhas de Jeová. Em resultado disso, quando pessoas sinceras pesquisam nossas crenças, elas podem encontrar casualmente propaganda apóstata. Até mesmo algumas Testemunhas inadvertidamente se expuseram a esta matéria prejudicial. Além disso, os apóstatas participam ocasionalmente em programas de televisão ou de rádio. Qual é o proceder sábio a seguir nestes casos?
O apóstolo João orientou os cristãos a não acolherem apóstatas na sua casa. Ele escreveu: “Se alguém se chegar a vós e não trouxer este ensino, nunca o recebais nos vossos lares, nem o cumprimenteis. Pois, quem o cumprimenta é partícipe das suas obras iníquas.” (2 João 10, 11) Evitarmos todo o contato com esses opositores nos protegerá do seu modo corrupto de pensar. Expor-nos aos ensinos apóstatas divulgados pelos diversos meios de comunicação moderna é tão prejudicial como acolher o próprio apóstata na nossa casa. Nunca devemos permitir que a curiosidade nos leve a tal rumo calamitoso! — Provérbios 22:3
Pois bem, diante de tais exemplos, torna-se claro que as testemunhas são desestimuladas peremptoriamente a sequer abrir o Google e colocar a frase “Testemunhas de Jeová”. Não devem nem mesmo ter blogs defendendo sua fé, sabia? Basta ver o caso recente da desassociação do irmão Sebastião Ramos... pesquisem e verão!
No jornal interno “Nosso Ministério do Reino” de setembro de 2007, p. 3, pergunta-se à Sociedade:
Será que o “escravo fiel e discreto” aprova que grupos de Testemunhas de Jeová se reúnam à parte da congregação para realizar pesquisas ou debates sobre a Bíblia?A resposta do Corpo Governante? Leiam:
Não. Mesmo assim, em várias partes do mundo, alguns dos que se associam com a nossa organização formaram grupos para realizar pesquisas independentes sobre assuntos bíblicos. Alguns fazem parte de grupos que pesquisam o hebraico e o grego usados na Bíblia a fim de analisar a exatidão da Tradução do Novo Mundo. Outros pesquisam assuntos científicos relacionados à Bíblia. Esses grupos criam páginas na internet e salas de bate-papo que têm por objetivo trocar idéias e debater seus pontos de vista. Também organizam palestras e produzem publicações para divulgar suas conclusões e complementar o que é transmitido em nossas reuniões cristãs e publicações.[...] Certamente somos gratos pelas provisões espirituais de Jeová nestes últimos dias. Assim, “o escravo fiel e discreto” não apóia quaisquer publicações, reuniões ou páginas na internet que não sejam produzidas ou organizadas sob a supervisão dele. — Mat. 24:45-47. (grifos meus)
Revoltante, não é? Como pode uma organização que diz possuir “o maior programa de educação bíblica de todos os tempos”, com representantes em mais de 200 países, desencorajar que pessoas sinceras se reúnam para compartilhar entre si das preciosas verdades bíblicas e aumentar seus conhecimentos sobre Deus e seu Reino?
por Cleber Tourinho
ex-testemunha-de-jeová, professor, linguista, revisor de textos, orientador em Medotodologia da Pesquisa Científica e está mestrando em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia
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